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Com esta postagem, damos início à nossa Seção de Fanarts. Convidamos a Nathália Destro para fazer algumas ilustrações para o Da Penseira e ela aceitou de bom grado! Muito obrigado, Nah! Devo revelar que ela está trabalhando em uma nova ilustração para o banner do blog... Aguardem! 
Imaginemos, inicialmente, o tempo como uma linha reta: estende-se indefinidamente em, a princípio, apenas um sentido. Em seguida, munidos de um vira-tempo, suponhamos uma viagem temporal ao passado, isto é, uma retrocessão – em sentido, logicamente, inverso – a certo ponto. A partir do momento em que qualquer mudança é feita no passado, surge um ramo secundário daquela linha reta inicial – exatamente no ponto-destino – que se desenvolve de acordo com os desdobramentos das interferências que a viagem temporal provocou. Talvez o segmento da linha reta original posterior ao ponto-destino em que se originou o novo ramo continue existindo noutra dimensão, embora já não seja possível retornar a esse segmento. De qualquer forma, esta visão aborda uma noção de linearidade temporal, em que a consequência de uma viagem ao passado seja necessariamente o surgimento de um novo ramo. Esta concepção de funcionamento do tempo não inviabiliza o efeito causado pelas escolhas que podemos fazer, isto é, não inviabiliza o livre-arbítrio pleno e determinante e está de acordo – presumo – com a ideia de destino maleável presente nas obras de J. K. Rowling.
Em Harry Potter, por outro lado, quando Harry e Hermione têm de regressar no tempo para salvar “mais de uma vida inocente”, os eventos já haviam ocorrido e/ou já estavam em curso devido à interferência simultânea dos mesmos. Bicuço já havia sido salvo, embora não o tivessem percebido, e Sirius já estava escapando, embora ainda não soubessem. Essa concomitância de eventos pressupõe a concepção circular e infinita do tempo, isto é, os eventos ocorrem simultaneamente – as “versões” de Harry e Hermione anteriores e posteriores à viagem coexistem e interagem entre si – e teriam necessariamente de repetir-se para todo o sempre, considerando a brilhante resposta da corvinal Luna Lovegood: “um círculo não tem princípio” – nem fim. Essa concepção também alude necessariamente à existência de dimensões múltiplas: se não houvesse tais dimensões, seria impossível que a sequência temporal tivesse continuidade e os viajantes ficariam aprisionados no círculo sem fim; cada nova repetição deve ocorrer em uma dimensão distinta, infinitamente. A maneira como J. K. Rowling desenvolveu a estrutura do tempo dá margem à teoria de que os eventos são determinados previamente, de que há um destino predefinido, de que não existe alvedrio e de que as escolhas sempre convergirão para consequências predeterminadas. Isso seria assaz contraditório, desdiria as sábias palavras de Dumbledore acerca das escolhas e de como revelam quem somos e faria da adivinhação um dos campos mais precisos da magia.

Olá, leitores e leitoras!
Pensei em escrever na saudação: leitores e leitoras da penseira. Mas não se pode exatamente ler uma penseira; mergulha-se nela, transporta-se para dentro dela. Isso alude, curiosamente, ao efeito da leitura sobre o leitor: faz que adentre novas dimensões, penetre mundos exóticos ou até se embrenhe no próprio ser... É realmente incrível e magnífico! Bem, hoje é minha estreia aqui no Da Penseira, minha vez de compartilhar pensamentos. Fui gentilmente convidado a participar por Flávio e Paty e aceitei instantaneamente, já que achei a ideia primorosa.
Pois bem. A coluna trata de uma das personagens mais dúbias da história da literatura - talvez mais até que Capitu - e é, na realidade, uma análise (não tão parcial como seria de esperar-se) da personalidade misteriosa, surpreendente e intrigante de Severo Snape. Espero realmente que apreciem e comentem a respeito. Boa leitura!
Mais uma vez, trago uma ótima novidade para o blog. Agora, venho para anunciar a chegada de três novos membros para a equipe do Da Penseira, três amigos. São eles:
“O roteiro [da Parte I] foi escrito com um fim em mente. O primeiro rascunho foi escrito com um final e à medida que nós fomos desenvolvendo-o, ele caminhou para outra conclusão. Então nós voltamos em parte para o fim original porque nós sentimos que ele permitia uma conclusão mais emocional e que era mais completo, como estava. Mas nós adicionamos esta outra cena, que eu acho realmente fantástica – eu não posso contar a vocês onde é a divisão, desculpem – mas sinto que será incrivelmente dramática, muito comovente e fará as pessoas quererem assistir o próximo filme”.
Sejam bem-vindos, leitores!
Tudo precisa de um começo. E aqui nós começamos.